Por Ludmila Sant’Anna Torres
Ultimamente temos sido bombardeados por informações que registram o
crescimento alarmante da gripe suína na sociedade. A notícia tem conflitado
hábitos corriqueiros que cultivamos e diante desse quadro, tomamos conhecimento
que alguns deles podem promover nossa vulnerabilidade junto a propagação desse vírus.
Para esclarecer algumas dúvidas provenientes da doença,
o Dr. Paulo Renato Vasconcelos de Sousa, médico infectologista e clínico geral
faz algumas colocações importantes acerca do assunto em questão.
Decifrando a moléstia...
Ela é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, subtipo H1N1, contém material
genético dos vírus humanos, de aves e suínos, incluindo elementos de vírus suínos da Europa e da Ásia.
Transmissão do vírus...
É similar ao processo da gripe comum, ou seja, pelas vias aéreas, de pessoa para pessoa, por meio de tosse ou espirros e através das secreções dos infectados.
Principais sintomas...
Os sintomas em humanos são parecidos com os da gripe convencional apresentando tosse, dor de garganta, náuseas, vômitos, diarréia forte e febre acima dos 38°C, porém no caso da gripe suína eles se tornam mais agudos.
Os vírus da gripe suína não são transmitidos pela comida. O Governo Mexicano e a Organização Mundial de Saúde (OMS) descartaram qualquer risco de infecção por intermédio da ingestão de carne de porco. A temperatura de cozimento ( 71°C) destrói os vírus e as bactérias.
Postura de quem apresentar os sintomas...
A orientação para as pessoas que identificam os respectivos sintomas é procurar assistência médica na Rede Pública ou Privada.
Grupos de risco...
Desde a constatação de mortes decorrentes da gripe suína, alguns grupos de risco foram observados. Vejamos quais são:
Gestantes, idosos (maiores de 65 anos), crianças (menores de 5 anos), doentes crônicos, asmáticos, portadores de doença obstrutiva crônica, problemas cardiovasculares (exceto hipertensos), problemas hepáticos ou renais, doenças metabólicas, doenças que afetam o sistema imunológico e obesos.
Medidas simples a serem adotadas no cotidiano...
- Evitar contato direto com pessoas gripadas;
- Ficar em casa se estiver em período de transmissão da doença (até 5 dias após o início dos sintomas);
- Cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ao tossir ou espirrar;
- Lavar as mãos frequentemente ;
- Usar álcool gel a 70°, após a higienização das mãos;
- Consumir alimentos nutritivos;
- Beber líquidos abundantemente;
- Praticar exercícios físicos;
- Evitar tocar olhos, nariz e boca após contato com superfícies.
Cuidado especial...
O ambiente doméstico precisa ser arejado e receber a luz solar, fator que contribui para eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias.